quarta-feira, 6 de junho de 2012

RESENHA: A MENINA QUE NÃO SABIA LER

Esse eu li faz um tempo, como se trata de um título um tanto quanto polêmico, resolvi escrever alguma coisa. Segue em primeiro lugar a sinopse:


1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?


O que eu achei: Adorei!!!! Embora algumas pessoas digam que o título e a capa não tem nada a ver com o conteúdo do livro e que ambos induzem a um engano nesse sentido, fazendo parecer que é um tipo de história, e depois na verdade é outra, eu devo dizer que não me senti ludibriada. Tem quem argumente que a troca do título, que no original é Florence & Giles, para este foi uma jogada de marketing no sentido de aproximar esse título do famoso e bem avaliado A menina que roubava livros, de Markus Zusak. Pode até ser que houve esse intento, mas creio que foi uma saída melhor do que colocar os nomes originais dos personagens como título, ou mesmo nomes traduzidos, que não dessem pista alguma sobre a história. O título tem sim a ver com a personagem principal, apesar de ela não saber ler por um período muito curto de tempo no desenrolar da história, e o livro não girar em torno desse fato, mas continuo acreditando que esse título é satisfatório mesmo dando uma pista parcial ou desvirtuada sobre o conteúdo, o que resulta em surpresas no final.

A beleza da capa também induziu bastante gente num sentido equivocado talvez, mas particularmente não me incomodou, já que ela traduz visualmente o prazer da leitura, atividade pela qual a personagem principal de fato é apaixonada, para dizer o mínimo.
Sobre a história, no geral, gostei da narrativa em primeira pessoa, que flui bastante bem. Na segunda parte do livro a história enverada por uma narrativa um pouco mais fantástica, mas eu não recomendaria largar esse livro mesmo se esse tipo de história não for sua praia, pois no final você consegue se não entender pelo menos especular sobre porque as coisas foram narradas/ se deram assim.

Por fim, seguem as capas gringas para quem quiser fazer uma comparação:


















Dessa eu particularmente gostei


















E tem até uma capa portuguesa com um título parecido com o nosso


















E é isso

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